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GUIA DE CONDUÇÃO OFF ROAD

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Depois do Deslocamento Off-Road
Inspecione os seguintes itens antes de pegar novamente a rodovia:
• grade do radiador: veja se não há lama em excesso pois ao secar pode causar sobre-aquecimento do motor;
• partes inferiores: procure por galhos enroscados, ao se movimentar com o veículo estes galhos podem se mover e virem a romper a tubulação de freio;
• pneus: retire o excesso de lama incrustada nas rodas. Ao secar vão desbalancear os pneus e causar trepidação ao andar em velocidade elevada.
• sinalização: limpe espelhos retrovisores, faróis, luzes de freio, luzes de setas e as placas de identificação do veículo, evite problemas com autoridades de trânsito.

Deslocamento em comboio Troller

Viajando em Comboio:
Antes de iniciar o deslocamento, faça uma triagem e coloque os veículos mais lentos na frente e próximos do carro guia. Isso vai deixar os modelos mais velozes no final do comboio, e quando a dianteira ganhar alguma velocidade, eles terão condições de acelerar e chegar perto do grupo da frente com facilidade. Deixar os veículos mais lentos no meio, ou final da fila pode obrigálos a acelerar até seu limite quando a dianteira ganhar velocidade, o que ocorre com bastante freqüência durante o deslocamento, mesmo que o carro guia ande sempre em baixa velocidade. O que acontece é que nem sempre eles conseguem acompanhar o ritmo dos veículos mais novos e velozes, e isto acaba separando o comboio, podendo acarretar erros de trajeto.
Em deslocamento por estradas de terra, mantenha a velocidade compatível com o trecho e uma distância segura do veículo da frente. Siga a mesma recomendação em trilhas fechadas, pois se o motorista da frente parar bruscamente em uma descida mais lisa você poderá ter dificuldade para frear a tempo. O mesmo vale para uma subida escorregadia. Aguarde que o colega conclua a manobra e então siga adiante.
Em longos deslocamentos por estradas empoeiradas é importante monitorar o estado do filtro de ar, que poderá ficar impregnado reduzindo o rendimento do motor. É aconselhável redobrar os cuidados diários com a limpeza ou troca do elemento filtrante. 
Outra regra importante em comboios é manter em seu campo de visão o veículo que segue atrás, e assim sucessivamente. Caso ele pare por qualquer motivo, você vê e pára, e o veículo da frente também irá parar, pois você parou. Desta forma todos se mantém unidos. Em estradas repletas de bifurcações é muito fácil se desgarrar do grupo, tomando um rumo errado e atrasando o deslocamento de todos. É perfeitamente previsível que algum veículo tenha que parar por uma infinidade de motivos, como um pneu furado, um defeito mecânico ou algum outro motivo inesperado, e seguindo essa regra simples ninguém fica para trás.

Troller no Pantanal

OPERAÇÕES DE RESGATE OFF-ROAD
Usando o Guincho
Quando se está em off-road, os imprevistos são parte da aventura.
Um obstáculo mais difícil ou a avaliação incorreta do grau de dificuldade na travessia pode deixar um 4x4 encalhado. Nestes casos é preciso iniciar uma operação de resgate e equipamentos para esta tarefa devem fazer parte da bagagem de seu Troller.
Dentre todos os acessórios disponíveis o guincho é o mais importante, seu uso é simples mas é fundamental saber usá-lo com a máxima segurança para evitar acidentes.

Antes de qualquer resgate radical procure aliviar o peso a ser arrastado, retirando passageiros e se necessário parte da carga mais pesada.

O guincho tem dois comandos básicos: o primeiro é a alavanca que libera o carretel para se puxar o cabo de aço
livremente. Colocada para trás na posição DESENGATADO (FREE SPOOL), libera o carretel, e movimentada novamente para frente ela fica na posição ENGATADO (ENGAGED). O segundo é o controle remoto. Colocando a chave para baixo recolhe-se o cabo e para cima solta-se lentamente o cabo do carretel. O cabo deve ser recolhido acionando-se o guincho de forma intermitente, ou seja, em períodos de aproximadamente 30 segundos, com um curto intervalo para recomeçar.

Juntamente com o guincho, existem ítens básicos de apoio que não podem faltar como:
• Luvas de couro, para manusear o cabo de aço, fios soltos podem ferir as mãos com gravidade;
• 2 cintas de nylon, uma curta de até 3 metros para colocação
em árvores e outra longa, de até 9 metros para reboque e apoio em trilha;
• Manilhas para junção das extremidades da cinta e conexão
com o gancho do cabo de aço;
• Patesca para dobrar a capacidade de tração do guincho ou
orientar o cabo de aço.

Troller do Mirim na Trilha

Para fixar o cabo de aço em um ponto de ancoragem robusto, escolha uma árvore, outro veículo de apoio ou uma rocha, o mais distante possível do guincho. Desta forma você retira bastante cabo de aço do carretel, que pode ter até 35 metros de comprimento dependendo do modelo usado, e vai proporcionar o máximo desempenho do guincho, que tem seu rendimento máximo na primeira camada de cabo. Deixe sempre 5 ou 6 voltas enroladas, para garantir a fixação do cabo no carretel. 

Recolha de volta ao guincho o que sobrou de cabo de aço até ficar bem esticado. Mesmo com as luvas, jamais acione o guincho segurando o cabo muito próximo da entrada do carretel, menos ainda durante o resgate, a luva pode se enroscar no cabo e sua mão ser puxada para o carretel com sérias conseqüências. Não pise no cabo ou passe por cima dele a partir de agora.
Em seguida coloque por cima do cabo de aço algo pesado como:
corda, cintas de ancoragem, tapete do carro, lona, troncos ou galhos de árvores que estiverem caídos ao redor, mas nunca derrube árvores. Isto deve ser feito para evitar que, caso haja o rompimento do cabo com o esforço excessivo, ele chicoteie com violência. O cabo pode chicotear também se o ponto de ancoragem não suportar o esforço.
Guinchos elétricos normalmente aquecem com o uso, e em operações de resgate demoradas é aconselhável conferir a
temperatura colocando a mão, sem as luvas, na carcaça do motor.
Se não conseguir segurá-lo é porque o equipamento está perto do limite de trabalho. Dê uma folga para ele esfriar. Minimize o esforço do equipamento utilizando a patesca e quando possível, a tração 4x4 e marcha reduzida do veículo encalhado. Embora não seja uma regra é aconselhável que a operação de resgate seja feita com duas pessoas. Enquanto uma manipula o cabo de aço, sempre com as luvas, e monitora o recolhimento no carretel, a outra conduz o veículo em primeira marcha reduzida. 

Se seu Troller vai resgatar outro, ele deve ficar parado, com freio acionado e se preciso, ainda, com calços nos pneus para que não seja arrastado de encontro ao veículo encalhado. Você não deve engatar a marcha à ré para tentar ajudar o guincho.
Se for o seu veículo que está fazendo o próprio resgate, passe o fio do controle remoto pelo limpador de pára-brisa e depois pela janela da porta. Se deixar o cabo solto ao lado do carro ele poderá se enroscar no pneu dianteiro esquerdo e se romper. Auxilie o guincho usando a primeira marcha reduzida (4x4L), acionando o
acelerador com moderação. Evite acelerar demais pois o recolhimento do cabo é lento tornando inútil o excesso de giro dos pneus. Preste atenção também caso o Troller se solte do atoleiro e comece a andar sozinho, se você não frear, o cabo do guincho pode se enrolar nas rodas dianteiras complicando muito uma situação
até o momento simples de resolver.
Durante o resgate, o cabo de aço se enrola no carretel de maneira aleatória, podendo se acumular em uma das laterais e travar o recolhimento do cabo. Para evitar isto solicite a algum auxiliar que monitore a situação do carretel, caso o cabo se acumule demais apenas em um dos lados, você deve interromper o resgate, realinhar o cabo e só então concluir a operação. 

Após o resgate recolha o cabo de aço mantendo uma distância mínima de 3 metros do equipamento e inspecionando o cabo em busca de rupturas, em caso afirmativo o cabo deverá ser substituído. Durante o recolhimento o cabo deve ser tencionado para que não se enrole frouxo no carretel.
Para o melhor proveito de seu guincho, siga algumas recomendações adicionais:
• mantenha o cabo de aço tencionado no carretel ante de qualquer resgate;
• revise periodicamente o equipamento em uma oficina especializada;
• não acione o guincho se estiver submerso em água. 

DICA: Mantenha as pessoas distantes do cabo e dos veículos envolvidos no resgate.

DICA: Não deixe que crianças acionem o controle remoto do guincho.

Patesca
É uma roldana ou polia com o eixo fixo a um gancho ou a uma base com orifício para fixação. Em conjunto com o guincho é uma aliada de respeito em qualquer operação de resgate.
A patesca pode ser atrelada ao veículo ou a um ponto de ancoragem fixo através de um cabo ou de uma cinta de nylon, com ganchos ou manilhas.

O uso correto do acessório pode duplicar a força exercida pelo guincho, e isto significa que um equipamento com capacidade de tração de 4.082Kg, quando utilizado com uma patesca, poderá tranqüilamente puxar pesos de até 8.164kg.
Mas da mesma maneira que uma patesca duplica a força, o uso de duas patescas poderá triplicar a força do guincho.
Técnicas de ancoragem A ancoragem deve ser feita em pontos que suportarão o esforço a
ser aplicado, e basicamente pode ser dividida em: árvores, rochas e veículos.

Árvores 

Escolha uma árvore robusta, e após se certificar de que ela pode suportar o esforço, use uma cinta de nylon especial para estas ocasiões. Jamais envolva a árvore com cabos de aço ou correntes, pois vão danificar a casca da árvore podendo vir a matá-la.
Coloque a cinta mais próxima do solo e da raiz para garantir a máxima resistência. Antes de colocar a cinta, inspecione em volta da árvore em busca de cobras e outros animais perigosos.
Rocha: deve-se buscar uma rocha que esteja firme no chão e sem risco de ser retirada do lugar pelo guincho. Utilize uma corrente ou cabo de aço para abraçar a rocha e depois prender o cabo do guincho. Cintas de nylon podem sofrer cortes nas partes afiadas da rocha.

Veículo
Todo veículo que se envolve em off-road deve ter pontos de ancoragem robustos para resgates radicais, como o Troller, que tem gancho fixado na dianteira para esta finalidade. O modelo militar tem pontos de ancoragem nas quatro extremidades do chassi. Se seu Troller for usado como apoio você poderá utilizar o ponto de ancoragem dianteiro para ajudar o outro veículo.
Mas se ao iniciar o trabalho com o guincho, seu veículo começa a ser arrastado e não oferece o lastro necessário, a solução poderá ser prendê-lo com uma cinta ou corda em outro ponto de apoio como uma árvore ou outros veículos.
As bolas de engate de reboque também são usadas para resgates, mas este dispositivo foi projetado para rebocar carretas com peso de até 2.500 quilos. Seu ponto de ruptura está próximo dos 3.500 quilos e em situações extremas de resgate este valor poder ser atingido ou ultrapassado. Use a bola de reboque em resgates leves.

Guia de Uso da Patesca

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