
Expedição 2013 / 2014
Rio de Janeiro a Ushuaia
Por Marcus Castelan
Dia 7 - Chegada em Puerto Madryn
Como nessa primeira parte da viagem temos longos deslocamentos a realizar, acordamos cedo e partimos rumo a Puerto Madryn.
As estradas que estamos precorrendo na Argentina são, sem exagero algum, excelentes. Além disso, boa parte delas possuem retas quase infinitas e com pouquíssimo tráfego, o que nos permite andar, por muito tempo, numa velocidade acima de 140 Km/h e com segurança.

Os pedágios nessas rodovias custam em torno de $10,00.
Atravessamos, nesse trecho, 2 barreiras zoofitossanitárias instaladas na estrada. Nelas, os agentes perguntam se estamos levando alimentos não permitidos como frutas, sanduíches etc. e, em seguida, fazem uma inspeção bem tranquila no carro. Essa fiscalização tem uma taxa de $16,00.
Nas paradas para abastecer, percebemos a existência de postos de combustível da Petrobrás, todavia, eles não pertencem mais a nossa estatal Brasileira.

Na Argentina, o óleo diesel é chamado de gasoil e a gasolina de nafta. Além do diesel comum, eles vendem o diesel S10, conhecido como eurodiesel.
O diesel comum custa por volta de $7,50 o litro enquanto que o eurodiesel sai a $9,50, aproximadamente. Esses preços variaram a medida em que nos deslocamos para o sul.
Numa dessas paradas para abastecer quase tivemos que dar carona para um gavião que, sem cerimônia alguma, pousou no teto do carro do casal de amigos Rogério e Silvia.
Para fechar o dia antes da chegada a Puerto Madryn, outra barreira policial nos parou no caminho e, carro a carro, fomos mostrando os documentos e liberados sem nenhum problema.
Uma curiosidade observada nas estradas da Argentina são os diversos altares, construídos pelas pessoas ao longo das vias e ornamentados com bandeiras vermelhas, para homenagear um santo regional conhecido como Gauchito Gil.
Dia 8 - Puerto Madryn e Península Valdés
Puerto Madryn é uma cidade muito agradável e com um porto onde chegam e partem grandes navios de cruzeiro. Da janela do nosso hotel podíamos observar o pier existente e a beleza do lugar, tanto de dia como à noite.


Nosso filho caçula, já mais a vontade com a língua, após fazer amizade com os amigos hermanos, jogou bola com eles numa das quadras de futebol existentes na frente do nosso hotel.


Baseados nesta cidade, fomos até a Península Valdés, distante 240 Km aproximadamente. Lá, foi possível observar pinguins e elefantes marinhos bem de perto.
Para entrar nesse parque, pagamos $390,00 ($130,00 por adulto e $65,00 por criança até 11 anos).
No centro de visitantes é possível saber bastante sobre a história do lugar.




No trajeto, tivemos o prazer de dirigir, pela primeira vez, nas estradas de rípio (cascalho com terra), bastante comuns nessa região.
Dirigir um veículo 4X4 nessas estradas é muito gostoso, mas também é ótimo para ter o pára-brisa quebrado, pois o carro da frente, ou aquele que passa em sentido contrário, pode arremessar pedras no vidro do nosso carro.
Por isso, e pela enorme quantidade de poeira levantada, o correto é manter uma boa distância entre os veículos.

Dia 9 - Punta Tombo e Comodoro Rivadávia
No caminho para Comodoro Rivadávia, fizemos um pequeno desvio e fomos conhecer a maior colônia continental de pinguins de todo o mundo, num lugar chamado Punta Tombo.

Nesse local, há um parque ecológico estruturado onde os turistas podem ver esses animais de perto e livres em seu habitat natural.
Existe uma trilha demarcada, de aproximadamente 3 Km, onde podemos andar sem prejudicar nenhum dos ninhos. Vale ressaltar que são milhares de ninhos feitos sob os arbustos e quase todos estão cheios de filhotes.
Dentre as orientações que são repassadas pelos funcionários aos visitantes, tais como: não tocar nos bichos, não se aproximar a menos de 1 metro dos animais e não falar alto para não estressar os pinguins, a mais interessante foi para sempre darmos passagem às aves, pois elas têm a preferência.
E elas circulam bem à vontade entre as pessoas, algumas vezes parecendo até que estão fazendo pose para serem fotografadas.




Saindo do parque, ao caminhar em direção ao Trovão Azul, constatamos que o mundo está repleto de gente curtindo a vida do mesmo modo que nós, só que de forma muito mais arrojada.
Essa moto veio da Russia e, pelo visto, não vai parar de rodar até completar uma volta no globo. Horas depois, reencontramos o motociclista abastecendo no mesmo posto que nós. Vale ressaltar que em Península Valdés já haviamos visto um motorhome da comunidade europeia.
De volta à estrada, continuamos nosso destino e chegamos em Comodoro Rivadávia para dormir, uma cidade portuária e com papel importante para a Argentina, sendo responsável por 30% da produção petrolífera do país.


Mais uma etapa vencida e nosso cronograma permanece em dia.